Digo ao povo que fico

Só mais um pouquinho, mais fico.

Acho que hoje completa dez dias que eu não dou as caras por aqui, e claro, nesse meio tempo o mundo já deus muitas e muitas voltas e eu estou devendo satisfaçöes aos que ainda acompanham essas estórias (pelo menos minha mãe).

Primeiro de tudo, não consegui ir embora mesmo, troquei a data do meu voo. Largar esse país tava sendo uma tortura já. Claro que eu não fico aqui pra sempre, só ganhei umas semanas, mas é tempo pra me organizar melhor e aproveitar os últimos dias dessa vida que aprendi a amar tanto.

A nova data da minha partida é dia 26 de agosto, chegando no Egito no dia 27 de manhã. O que significa que a campanha vai continuar recebendo doaçöes até o dia 20 desse mês!

Eu já estava pensando em adiar minha viagem há um tempo, mas essa semana, quando fui checar o horário do meu voo, descobri que ele era bem antes do que eu achava (era pra eu ter ido embora antes de ontem). Quando eu vi isso bateu o pânico mesmo, foi um chororô, eu não tinha nem tocado no dinheiro das doaçöes ainda, e ir embora sem terminar o que eu comecei estava absolutamente fora de cogitação. No dia seguinte, de manhã cedo fui no escritório da Egyptair e resolvi minha vida – e esse dia foi o melhor que eu tive até agora por acá, um novo começo.

Do escritório a gente foi pra favela, pra o concurso de dança entre as crianças de uma escola vizinha (a 50 sorrisos), onde vários amigos estão trabalhando. Foi a coisa mais linda do mundo, eu pude pintar aquelas carinhas fofas, teve até apresentação de teatro deles. A gente parecia pinto no lixo de tão felizes, todos.ImageImageImage

 

Depois daí a gente partiu pra cidade pra uma campanha de arrecadação de fundos (pra comprar remédios pras crianças de outra favela), com abraços. Conseguimos arrecadar uns 140 dólares abraçando TODOS que passavam por nós! Claro que rolou muita cara feia, a gente levou vários ‘foras’, mas foi uma das coisas mais engraçadas que já fiz na vida..e nunca imaginei que pudesse realmente dar certo.

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Como a internet aqui de casa tá funcionando, pelo menos de vez em quando, acho que posso voltar a postar com uma frequência maior. Ainda PRECISO contar da minha última ida ao hospital (que foi a mais difícil de todas) e da nossa viagem pra Osupuko (pra instalar as garrafas-lâmpadas numa escola do interior).

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  1. Que bom, Gabi! Com certeza o povo agradece (: Vou continuar divulgando a campanha aqui pra ver se aparece mais gente interessada!

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